nelson júnior.
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'ele quer ouvir sua voz doce'

'Eu amo você, sempre amei, mas não acredito no que você me diz, pelo menos por enquanto, porque ainda não consigo esquecer o que aconteceu, talvez com o tempo eu acredite.'

Foi o que ele disse.
Era o que sentia. Não era medo, era mais como aprender com os erros. Como um animal que se machuca na cerca uma vez e nunca mais a pula.

Ela parecia não acreditar no que tinha escutado. Havia uma mistura de medo e dúvida em seu olhar, talvez pensasse que ele voltaria a ser tão cruel quanto fora antes, mas este já havia se afastado de uma vez por todas.

Disse que se não o amasse, não estaria com ele. Não estaria novamente naquele mesmo lugar. Uma voz falou alto dentro dele, dizendo que o que ela dizia era a verdade, mas seu orgulho foi mais forte e ele preferiu não aceitar.


Uma vez mais o mundo tentava os separar.
(Explosão) E tudo parecia parado no tempo, planos já não faziam sentido, só a esperança quebrada em contraste com o sorriso doentio e sem motivo dele.

A correntinha junto ao colo e o anel em seu dedo já não serviam de consolo. Agora a batalha era contra o tempo, contra o mundo, contra algo que não tinha certeza de onde vinha, mas que sempre aparecia quando tudo parecia tão mais próximo...

Fazia frio na cidade cinza, o primeiro dia de frio em duas semanas. O frio o fazia lembrar que podia estar abraçado com ela, se aquecendo em seu corpo quente, que tão bem se ajustava ao dele, se não fosse toda aquela explosão que bagunçou tudo. Tinham levado ela para longe, mas a distância nunca foi um empecilho. Mas ela estava em uma prisão onde ele não podia entrar.

Acendeu um cigarro para pensar. Ou para tentar parar de pensar. Nunca soube ao certo o motivo de fumar. E não seria agora que iria descobrir, só pensava em uma forma de trazer tudo ao rumo certo. Se é que isso existia.

Por muito tempo pensou que não a teria mais. E quando ela voltou, a levaram como uma brisa de inverno, que chega sem aviso e leva o calor de uma só vez. Não lhe parecia justo. Mas seus sonhos foram claros, isso tinha que acontecer.

Uma conversa, uma carta... Qualquer coisa que dissesse que ela também esperaria o Outono chegar. Era somente disto que precisava. Só isso para continuar andando. Para poder acordar durante as manhãs frias de Julho.

Já não sabia o caminho de casa, pois nunca teve uma, de fato. Decidiu que enquanto ela se mantivesse longe, iria traçar metas para que sua chegada fosse comemorada com festa. Queria usar este tempo para crescer mais, para entender como tudo funciona, para perdoar aquilo que sempre voltava na hora em que tudo parecia tão bem.

Ela pediu para que ele encontrasse alguém, para que não deixasse o frio lá fora cobrir o seu coração. Mas ele sabia que nenhum outro ser iria conseguir tal proeza. Somente ela havia conseguido transpor a montanha em que se encontrava seu coração sangrento. Somente com ela ele realmente batia.

Pediu desculpas por ter que ir, disse que não sabia o que iria fazer, mas não queria lhe fazer mal. 'Só vai me fazer mal se me olhar de longe' - era o que ele pensava. Nesse dia ele dormiu sozinho e sentiu frio.


E tudo aconteceu como ele havia previsto. No dia seguinte resolveu vê-la, mesmo sem ter sido convidado e contra a vontade dela. Ele tinha o direito de saber sobre seu próprio futuro, pensava. E como da última vez, a encontrou em uma estação do Metrô. Mas agora ele já não era tão frágil e nem estava disposto a rastejar aos pés daquela que, por respeito, ainda amava.

Noite fria e a mais chuvosa até ali. O dia havia sido tão bom que quase esquecera que estava prestes a enfrentar seu futuro frente á frente. Isso pode ser difícil, quando não se sabe ao certo o que ele lhe reserva.

E assim ela se foi, com um adeus frio como o vento, do outro lado da estação. Tão subitamente que ele quase não acreditou, mas era tudo o que o sonho tinha lhe avisado, novaemente seus sonhos se confundiam com realidade de sua vida cheia de idas e vindas, loteada entre o muro dos amores e o portão do Ódio.

Dessa vez não chegou a sangrar, isso o preocupou algum tempo depois que tudo se passou. Será que não tinha mais sangue para jorrar? Ou será mesmo que aquele que fora um dia estava de pé, esperando a hora certa de chegar? Só saberia com o tempo.

Tempo...
Objeto de admiração e de medo. Onde alguns se apoiam e outros muitos se perdem. Desde criança, ouvira pessoas a dizer que o 'Tempo cura todas as feridas', 'O melhor remédio é o tempo', 'Só o Tempo irá dizer que é certo ou errado'. Não confiava no Tempo, pois não confiava o que pessoas lh diziam.

Estava em Paz. Finalmente estava em Paz, e não tinha idéia do motivo de tanta felicidade. Oras, nenhum relacionamento que chega ao fim é feliz, de fato. Havia algo errado e podia ser sua forma 'diferente' de demonstrar e sentir qualquer tipo de emoção, ao menos achava que ali se encontrava o tal erro.

Eis que a Rosa Vermelha entra na historia, não que não existisse antes, pois existia desde a primeira página desse tal conto. Mas agora seu papel estava mais nítido, mostrava-se mais promissor; ele percebeu que só existia uma só rosa como aquela em todo o mundo, assim como no livro de 'O Pequeno Príncipe'


Outro dia cinza, esse muito mais cinza do que os outros. Mas isso já não importava, não temia os dias cinzas, agora que tinha se libertado de muitos medos. É, ele aprendeu muito. E agora sabia o porque da felicidade de outrora, tão injustificada por um momento e que agora era tão óbvia. Estava 'liberto'. Cumpriu com seu dever e pagou o que devia. Já não estava devendo para ela e nem para o mundo.

Acordou com um sorriso no rosto, como se tudo fosse mais belo, como se tivesse recebido o melhor presente de que se tem notícia. Se despediu da Bianca e agora tinha certeza que era pra sempre, pois só o que os mantinham ligados era seu relacionamento com ela, e isso acabou quando as portas se fecharam.

Percebeu que sentia um grande afeto por ela, mas que não era dela o coração que batia em seu peito, ele era seu e neste momento tornou-se muito mais dele do que antes. Estava vivo, oras! O que mais podia querer? Desejou felicidades para ela e nunca foi tão verdadeiro.

Também percebeu que algo havia se desprendido dele. Algo pesado e com aparência escura. Já não sentia a obsessão que o perseguia por meses. E sorriu ao lembrar de tudo. Tinha valido a pena e a eternidade foi aquilo.

Já não tinha pressa de encontrar o que procurava. Agora sentia prazer em caminhar, isso mudava tudo. Seu sonho havia falado sobre tudo isso e até mesmo sobre quem. Confiava em seus sonhos, nunca tinham falhado.

E agora havia uma viagem se aproximando. Sempre que sua vida mudava, fazia uma viagem. Ainda não sabia o porque, mas não se perguntava mais sobre isso, pois não estava preocupado.


A viagem foi muito diferente do que esperava. Tinha plena consciência de que cada viagem significava uma grande mudança, mas desta vez a mudança foi tão grande que já não sabia para onde tinha voltado, não sabia onde era sua casa, se realmente tinha uma.

Tudo era tão cinza e denso, que ficava difícil de respirar. O ar tinha um aspecto sombrio, como se estivesse em um filme de terror de quinta categoria. Não reconhecia as pessoas ao redor, nem a imagem no espelho. Teve medo. Não gostou de sentir medo, pois esse sentimento não fazia parte de sua vida.

Algo iria acontecer e ele sabia disso, podia sentir. Mesmo com receio de que algo ou tudo desse errado, continuou com seus planos que traçou enquanto estava longe da cidade cinza. Ele precisava ter certeza do que pensava, precisava saber com quem contar.

E veio a noite. Uma noite sem sono e sem descanso, pulou várias vezes na cama. Acordava assustado e sem ar. Agora tinha certeza que algo iria dar errado, mas sentia que isso era necessário, os erros nos ensinam muito mais objetivamente do que os acertos. E assim chegou o dia seguinte...

(Explosão) E tudo pareceu parado no ar. As fotografias na parede criaram vida, todos os olhos olhavam para os doi, todas aquelas pessoas assistiam sem piscar a cena de briga que nunca havia sido prevista. O ar passava a ficar cada vez mais pesado.

Ele estava confuso. Nunca em sua vida tinha esperado pelos gritos de seu irmão, nem pela força de suas atitudes, tão grosseiras e aterrorizantes. Estava assustado. Não sabia como agir, pois era a hora em que mais precisava de seu irmão. O momento em que esperava palavras de conforto e incentivo, mas o que ouviu foram termos e regras, insultos gritados por alguém cego. A voz de seu irmão estava sendo visivelmente controlada, para tentar reduzir ao máximo o excesso de raiva.

E tudo começou por causa dela. Novamente ela era o estopim de toda aquela guerra. E ele não aguentava mais isso. Em segundos o Amor virava Ódio e ele só desejava sua morte. Talvez assim tudo voltaria ao normal. Mas o que seria o 'normal'?

Sentiu que seu peito ardia em brasa, não era amor. Nada mais fazia sentido e ele caía aos poucos no pântao escuro e imundo de outrora. Uma vez mais por ela. Novamente por culpa do amor tão banal e patético que tudo destrói. Queria morrer, mas sentia fome e não podia ir antes disso. Fome de vingança, pois ela não sairia ilesa, não desta vez.


E assim seguiu por longos dias. Dias que pareciam décadas. Seguiu com seu ódio e sua fome de vingança. E quando não sabia aonde estava, olhava para o céu, via as estrelas e tinha certeza de que alguma chorava por ela. Sim... alguma estrela chorava por ele e assim teve certeza de que não estava sozinho.

Havia perdido seu irmão, tão precioso para ele. Percebeu que nunca havia tido aquela em que depositou tanto amor e esperança. E agora só queria que tudo isso desaparecesse, pediu por ammésia, mas não foi atendido, aquele tal Deus, gostava de brincar com sua sanidade.

Anestesiar. Eis a palavra de sua vida. Nunca curar, ou fazer passar, pois isso nunca foi possível. Só lhe restou a anestesia. A doce e traiçoeira anestesia. Onde podia fugir de tudo o que lhe fizesse mal, fazendo mais mal ainda a si mesmo, mas só havia aprendido esse modo de não sofrer.

E assim ficou por muitos dias. Anestesiado. Drogas, remédios, paisagens. Qualquer coisa que fizesse com que não prestasse atenção a tudo o que se passava á sua volta. Algo que não fizesse focar seus olhos á tudo que o machucava. Quando estava 'fora daqui' estava bem.

Anestesia. Subconsciente reclamando. Mais uma dose. Anestesia. Subconsciente reclamando. Mais uma dose... Não foram bons dias. Esteve triste em todos eles. E nunca tinha feito questão de esconder o que sentia. Nâo achava isso justo. Em sue modo de pensar todos os sentimentos tinham que ser apresentados, sem exageros, mas tinham que ser representados para o mundo. Sentimento preso se transformava em câncer, pensava.

Esteve dormindo por semanas. Quando acordou ainda sentia o gosto da anestesia em seus lábios, as garrafas vazias em sintonia com sua alma, vazia e sem esperanças. Quando acordou já não era. Quando acordou já não tinha. Não sentia. Não da forma de semanas atrás, estava diferente, como se algo tivesse sido arrancado a força, como se tivesse sido jogado em algum lugar que não conhecia e tudo era deserto...

Encontrou mulheres. Ou elas o encontraram? Já não acreditava em nenhuma, já não deseja ter nenhuma. Era puro instinto animal que o dominava. Só precisava satisfazer seus desejos. Só precisava sentir que estava vivo, mas isto não acontecia.


E o Irmão voltou. Mas não sabia se isso era bom. Já não o via como o irmão em que confiava seus segredos mais profundos e seus anseios, era só mais um no meio de tantos outros. Havia falhado e nada o deixava mais perdido do que falhar em algo que nunca podia prever. Tudo não passava de utopia? Já não sabia aonde estava, não sabia quem era ou o que queria.

Mais anestesia. Muito mais anestesia. E tudo não passava de um sonho, um sonho idiota e sem sentido, iria acordar e tudo estaria como ele deixou... Sim, só podia ser sonho. Mais parecia um estado de coma, não acordava nunca e esqueceu o que estava procurando.

Tanta anestesia fez-lhe ficar tolerante. Anestesia já não tinha efeito algum. Era como água. Ou pior que água. E tudo ficava mais difícil. Não sabia como estava, pois nunca esteve assim. Nem ao menos tinha para onde ir. Pois todos os lugares eram iguais.


E o tempo foi passando. Cigarros, café e revolta faziam parte de todo esse tempo.

(continua)

'então deixa amanhecer...'

Fluoxetina para os que vivem no passado.
Diazepan para os que vivem no futuro.
E um bom vinho para os que vivem o presente.

'Adeus, agora que sei que nas mais altas montanhas,
O vento é bem mais forte e tua sombra não mais queima,
Quem ousa te olhar nos olhos e ver que teus castelos são de areia
E que não há nada além de cinzas e sangue em tuas escritas.'

O Grande Olho vê tudo.
Ninguém pode fugir.
Então vamos aproveitar e pedir uma cópia da Tele-tela, pois estes são tempos que deveriam ficar na estante, junto com aqueles livros que nunca iremos ler.

Um café. Mais um e outro depois.
Um cigarro, um maço, um pacote fechado...

A Laurinha tinha sardas. Eu tenho cicatrizes.



'Sou o sorriso maldoso do Jack'

'e eu quero ser tudo pra te ver sorrir'.

Um ano para mudar todos os outros.

Um ano para que o Destino se faça presente e diga quem realmente é importante. Para mostrar o que é realmente importante.

Já não tenho medos ou receios. Já não tenho pressa de viver, aprendi a caminhar devagar e aproveitar o caminho. Por muito tempo esperei uma resposta para toda aquela explosão, agora só o que quero é viver.

Sentir meu coração como na Tradição do Sol. Ver meus olhos claros como nunca mais tinham ficado, pois a Vida voltou a eles em uma madrugada fria e nebulosa. Perdoar a nós mesmos com os olhos fechados, deixando para trás toda e qualquer tipo de culpa errada e desnecessária que insistimos em carregar.

E quando fecho os olhos, tenho certeza que te encontro na escuridão de meus pensamentos. Quando acordo, sei que seus olhos olharam para os meus, fazendo com que me trouxesse de volta de algum lugar distante, lembrando-me que meu lugar é e sempre vai ser ao seu lado.

'Sempre volta mais forte'.

como seria olhar para frente?

Ah!
Fome de viver que me mata aos poucos.

Vontade incontrolável de sair sem rumo para algum lugar que eu nunca pensaria antes. Desejo de gastar uma pequena fortuna em três dias com festas intermináveis e bebidas fantásticas. Provar do melhor vinho e da melhor comida de algum país do meio da Europa, daqueles em que a guerra nunca chegou ao fim.

Vou fazer café.

(...)

Essa arte alquimista de fazer café é muito séria e presente em minha vida. Em todos os grandes momentos lembro de ter feito ou tomado um bom café. Bons e maus momentos, mas todos com grande importância.

Hoje estou assim, um pouco fora de órbita, apostando todas as minhas fichas em alguém que despertou meu interesse, o mais profundo e intenso interesse. Como se soubesse, de alguma forma estranha, que ela seria aquela em que eu poderia confiar meu mais sincero abraço, aquela que fizesse com que meu sono voltasse ao normal, nunca alcançado.

'Me conta seus segredos', penso, enquanto olho para você. Porque talvez assim eu consiga saber quem sou, talvez assim eu descubra, finalmente, o que desejo de tudo. Mas você não consegue ouvir o que penso.

E o passado aos poucos vai criando cicatrizes. Deixando a marca profunda em minha pele, mas agora não sangro mais.

e eu não vou ficar te procurando aonde eu posso encontrar.

'Just one more coffee...
just one more kiss...
Just one more song...

It's all that I need'

Bom Dia.
O engraçado é que só consegui dormir quando o céu ainda estava cinza, o Sol não tinha aparecido. E só acordei quando já não tinha luz alguma lá fora.
Mais um dia perdido?
Sempre preferi a noite.

Meu cabelo está bagunçado, minha boca está cheirando a café e a alcool. Com uma pitada de tabaco. Ainda nao tomei um bom banho. Preciso de um banho. u_u

Mas estou bem.
Estou com meus irmãos. Isso já é o suficiente pra hoje.

E como disse o Héric:
'Você era um gayzinho.'

Até logo.

Eu só não queria dizer adeus.

'Quem é você que não me vê?
Cadê você que eu não vejo?
Cadê você pra me dizer que tudo isso vai passar?'


Dia Cinza.
Esse tipo de dia sempre me deixa assim...
Estranho.

Não vou mais dizer do que sinto falta. Não vou mais pedir pra essa ou aquela pessoa voltar.
Agora quero que tudo entre nos eixos. Como nunca estiveram.
E pra isso tenho que continuar andando sem olhar para trás.

Quarta-feira vou ver você. Estou com saudades. Minha querida Olhos Negros.


...
Estou sentindo muita coisa, mas não consigo escrever. Talvez não seja para escrever ainda. Ou talvez isso seja só amis uma fase.


Que um dia tudo esteja em paz.

'porque nada aqui é estável.'

No último post, disse que fazia tempo que não bebia, fazia tempo que não ficava anestesiado...
Hoje já não posso dizer o mesmo.

Foi um belo e feliz dia! *-*

Espero que eu não morra, não 'durma o dia inteiro'.
Porque como diz a música:
'Toma Prozac, enche a cara e dorme o dia inteiro...'

Quase fui preso, por dirigir sem carta.
e isso dá mais sabor á minha vida estranha.

Tem cerveja na minha cabeça, meu cabelo cheira a álcool, e eu não sei se isso é bom ou ruim.
No moment, parece ser legal. Mas momentos são apenas momentos. Momentos são tudo o que importa. Momentos definem que você é é.

Então eu sou um cara com cerveja na cabeça? Talvez [i]agora[/i] eu seja.

Estou anestesiado.
E isso me faz pensar em tudo o que não consigo quando estou sóbrio. Penso em todas as pessoas que fizeram e fazem parte de minha vida.
Penso na Bia e não há como negar que a amo de verdade, penso no Héric e agradeço por ter cruzado seu caminho, assim vai meu pensamento, de pessoa por pessoa.

Fazer café é uma arte, uma obra magnífica, assim como pintar ou compor uma música. Tens que ter em mente a quantidade certa, a temperatura certa, o pó correto e assim por diante. Fazer café é uma ciência abstrata.

Quando alguém poder me encontrar, vou dizer que estou aqui, vou dizer que posso mudar. Nada mais vai poder interferir em meu caminho. Então, chegue logo pessoa, não posso mais esperar.

Quando terminar de beber, vou tomar um café decente. Chamar alguem pra conversar e ouvir coisas que não se pode negar que é verdade, sei o que vou ouvir e não são coisas 'tão boas assim'. Cafajeste? Nunca.


Beijos,
até um dia.

- 'é porque entre os deuses não existe o bom ou mau'

Teu amante, vim responder a tuas preces.
Teu corpo, pra abraçar quando escurece.
Teu escravo, teu demônio, teu estranho
mais sincero a gritar que só você,
meu bem querer,
Só você mal me quer, bem demais...


Um copo de café, cigarros e uma noite inteira pela frente. Enquanto ela anda lá fora, eu penso em como tudo aqui muda constantemente. Como isso aqui se parece com uma novela. Sempre preferi seriados.

Feliz com minha demônio querida. Feliz com meus pares de tênis e com meu dinheiro. Mas eu 'sempre quero mais'. Talvez um carro novo, uma casa em Minas Gerais, pra ver as montanhas quando acordar, também quero descobrir o 'filme perfeito', que eu possa assistir em todas as fases de minha vida complicada e sentir o mesmo prazer em todas.

Não quero que tudo fique 'calmo'. O que quero é que tudo fique ao meu favor. Gosto de agitação, afinal.

Tem um bom tempo que não bebo. Tirando minha infância, essa é a parte mais sóbria de minha vida, isso é bom? Não sei ainda. Mas não ter anestesia é estranho.

Vou fazer uma tatuagem, colocar outro piercing.


E esperar você chegar.

- 'i should have given you a reason to stay...'

Cansado de pessoas inferiores, cansado de pessoas superiores, cansado de tudo.
Mas ainda vejo graça no sorriso sincero de uma criança, ainda consigo ficar contente ao ver que essa criança adormeceu em meus braços.
Mas é tudo tão vazio e inexato que não sei se realmente me alegro ou se finjo me alegrar.

Já não sei o que me deixa feliz. Só o Peter Pan alivia as tensões. Só ele consegue me acalmar, me manter vivo.

E você Estrela? Como não vê que ando olhando pro céu, em busca de sua luz? Como não perceber que desde que uma nuvem ficou a sua frente, meu caminho não tem mais tanto sentido? Porque não acredita no que digo, Beatriz?

Chega. Não sei mais como expressar o que sinto. Não sei mais o que sinto.

Quero um abraço que não posso ter, uma boca que não posso beijar, uma cigarro que não posso fumar.
Sou tudo o que não tenho, tudo o que não posso, tudo o que não posso ser.
Sou incompleto, imperfeito, incompreendido.
E em noites como estas, que o frio e a chuva nos fazem ficar em casa, sinto mais falta de você e de nossos sonhos, e isso não têm importância?

Death Cab For Cutie, Dashboard Confessional, Dance Of Days... Cada um com seu estilo de falar a mesma coisa. E eu ouço todos.


Quero um papel novo e uma caneta tinteira. Quero desenhar o Céu, com a Lua cinza e as estrelas brilhantes. Quero voltar a ser criança.

- 'chega a fingir que é dor, a dor que deveras sente.'

'Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
Ser o que penso? Mas penso tanta coisa!
E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!
Gênio? Neste momento
Cem mil cérebros se concebem em sonho gênios como eu,
E a história não marcará, quem sabe?, nem um,
Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.
Não, não creio em mim.
Em todos os manicômios há doidos malucos com tantas certezas!
Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?
Não, nem em mim...
Em quantas mansardas e não-mansardas do mundo
Não estão nesta hora gênios-para-si-mesmos sonhando?
Quantas aspirações altas e nobres e lúcidas -
Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas -,
E quem sabe se realizáveis,
Nunca verão a luz do sol real nem acharão ouvidos de gente?
O mundo é para quem nasce para o conquistar
E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.
Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.
Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo,
Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.
Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda,
Ainda que não more nela;
Serei sempre o que não nasceu para isso;
Serei sempre só o que tinha qualidades;
Serei sempre o que esperou que lhe abrissem a porta ao pé de uma parede sem porta,
E cantou a cantiga do Infinito numa capoeira,
E ouviu a voz de Deus num poço tapado.
Crer em mim? Não, nem em nada.
Derrame-me a Natureza sobre a cabeça ardente
O seu sol, a sua chava, o vento que me acha o cabelo,
E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha.
Escravos cardíacos das estrelas,
Conquistamos todo o mundo antes de nos levantar da cama;
Mas acordamos e ele é opaco,
Levantamo-nos e ele é alheio,
Saímos de casa e ele é a terra inteira,
Mais o sistema solar e a Via Láctea e o Indefinido.
'

Tabacaria. - Álvaro de Campos - (Fernando Pessoa)

Ele sempre soube o que dizer.
E eu? Eu sempre tentei dizer.

E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo. (...)

Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,


Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?


Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?

Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.

-

Todos estão morrendo. Sempre pensei que seria eu o que morreria primeiro.
Era uma forma covarde de não encarar a solidão.
Solidão que sempre ignorei, pois nunca acreditei estar acompanhado.
Homem... Ser ridículo e sem coragem.

Hoje sei que nunca estive só,
pois sempre precisei de alguém para ouvir minhas teorias, minhas formas estranhas de pensamento.

Saudades.
Tão ruim quando se tem, tão pior quando não se sente.

'Aprenda Querido Filho, aprenda a amar.'
Espero poder dizer, um dia, que aprendi.

Não abandonei você, preciso de um tempo. Preciso me encontrar.
Venho tentado isso há 21 anos.

Clarisse, por favor, não deixe sozinho aqui.
Preciso de você.

'Blend of the pure old scotch whiskies'
é o que diz o copo.

- delilah...

Deixei o telefone tocar,
Desejei uma boa noite,
Enquanto você não atendia...

‘- Você devia ser menos parecida comigo’ Pensava quando desisti. Sempre me disseram que sou complicado, que faço tudo errado e não sei o que quero. Não acreditava nisso até que te encontrei.

Quando pensei ter encontrado tudo o que sempre busquei, percebi que não era disso que precisava. Você só me traria problemas sem solução. E não preciso de mais coisas assim. Preciso de alguém totalmente ao contrario de mim. Preciso de alguém que me entenda e que me deixe livre. Mas não tão livre, ou então vou voar para longe.

Você diz que te troquei pela menina dos Olhos Negros, mas foi você que me afastou. Nunca peça um tempo para alguém que não espera nada do amanhã, alguem que só vive o hoje. Sabe o que é o pior? Uma palavra e eu voltaria para janeiro, outra palavra e iria esquecer tudo o que me fez passar.

Nunca fui um bom moço. ‘Encho a cara, arrumo encrenca e faço tudo errado.’ E não, não mudaria por você. Mas viveríamos uma boa vida viciada e bagunçada. Valeria a pena cada segundo, porque você também não liga pra muita coisa.

Ainda amo você. Das três você é uma. E talvez seja a mais próxima da realidade. Com a Garota de Ipanema eu não teria chances, com a Olhos Negros não teria futuro, mas com você talvez desse certo. Mas quer saber? Não me importo com isso. Enquanto estivermos vivos ainda existe uma chance.

Vou resumir, para terminar: FODA-SE :D

- hey there delilah...

Ela gosta de responder perguntas. Ele tem dificuldade em fazê-las, talvez porque não precise saber de mais nada ou por temer as respostas...

Um dia ele foi apaixonado por ela. Dias perigosos aqueles. Tudo parecia sufocar, e já não ouvia a voz dela. Isso era o que fazia com que perdesse o ar.

Mas hoje ele sorri quando lembra, foi importante, precisava daquilo tudo para saber que tinha sangue em suas veias, soube que também sangrava.



Não dormi, novamente.
Voltei a dormir a cada dois dias. Não, não é culpa do café. Não, não vejo mais a Bianca.

'Outra bebida então
Tudo bem
Café seco beija a garganta
Quando a cidade acordar e a luz queima
Nossos passos de voltar pra casa

"Me conta teus desejos" Ele diz.
Sabe, eu tento o meu melhor
Só pra te ver bem e em tentação...
'



E desde que você fechou a porta, não sei mais o que é real. Desde que me mandou ir embora, não vejo muita graça.

Bom Dia,
até logo.

- 'Se eu tivesse a força que você pensa que eu tenho...

Gravaria no metal da minha pele o teu desenho...'

E quando tudo parece perdido, aparece aquela Estrela para lembrar que 'ainda existe um bom lugar'.

Antes, naquele tempo onde tudo era nebuloso, qualquer problema era resolvido assim, com a luz da tal Estrela me ajudando, me dizendo que iria me salvar. Hoje já não a tenho tão presente, mas é muito bom saber que ela ainda continua no céu, olhando por mim.

Os 'Tempos Modernos' me assustam ás vezes. Eles exigem de mim toda e qualquer resposta. Essa é a hora de mostrar quem sou, o que quero e para onde vou. Mas nunca aprendi a andar sem olhar para trás, ainda não aprendi.

Tenho medo de andar muito rápido e deixar aqueles que amo no caminho, tenho medo de perde-los de vista. Mesmo sabendo que meu caminho pede isso de mim. Sim, chegou a hora de correr, correr para compensar todo esse tempo que fiquei preso. Não vai ser fácil, nunca é.

Essa 'prisão' que construí nunca me fez bem. O que sempre prezei mais do que qualquer outra coisa foi minha Liberdade. E tudo o que fiz foi tirar ela de mim. Liberdade é poder ir e vir para aonde bem entender, não ter nada que o prenda. Não ter ninguém que o deixe prender. Liberdade é poder ter tudo e todos. É poder escolher o nada.

'I need you so much closer'
É... já fazem dois anos que lhe disse isso.
Não imaginava que um dia podia ser mais longe do que nunca. Mais longe do que a própria distância.
Sempre lhe quis bem. Sempre vou querer ver você bem.
Ainda amo você.


21 anos de busca. Ainda não encontrei o que sempre quis. Mas, vou continuar procurando.

boa noite,

nelson junior.

- Tabacaria

    Não sou nada.
    Nunca serei nada.
    Não posso querer ser nada.
    À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

    Janelas do meu quarto,
    Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é
    (E se soubessem quem é, o que saberiam?),
    Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
    Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
    Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
    Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,
    Com a morte a por umidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,
    Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.

    Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
    Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,
    E não tivesse mais irmandade com as coisas
    Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua
    A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada
    De dentro da minha cabeça,
    E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida.

    Estou hoje perplexo, como quem pensou e achou e esqueceu.
    Estou hoje dividido entre a lealdade que devo
    À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,
    E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.

    Falhei em tudo.
    Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
    A aprendizagem que me deram,
    Desci dela pela janela das traseiras da casa.
    Fui até ao campo com grandes propósitos.
    Mas lá encontrei só ervas e árvores,
    E quando havia gente era igual à outra.
    Saio da janela, sento-me numa cadeira. Em que hei de pensar?

    Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
    Ser o que penso? Mas penso tanta coisa!
    E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!
    Gênio? Neste momento
    Cem mil cérebros se concebem em sonho gênios como eu,
    E a história não marcará, quem sabe?, nem um,
    Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.
    Não, não creio em mim.
    Em todos os manicômios há doidos malucos com tantas certezas!
    Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?
    Não, nem em mim...
    Em quantas mansardas e não-mansardas do mundo
    Não estão nesta hora gênios-para-si-mesmos sonhando?
    Quantas aspirações altas e nobres e lúcidas -
    Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas -,
    E quem sabe se realizáveis,
    Nunca verão a luz do sol real nem acharão ouvidos de gente?
    O mundo é para quem nasce para o conquistar
    E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.
    Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.
    Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo,
    Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.
    Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda,
    Ainda que não more nela;
    Serei sempre o que não nasceu para isso;
    Serei sempre só o que tinha qualidades;
    Serei sempre o que esperou que lhe abrissem a porta ao pé de uma parede sem porta,
    E cantou a cantiga do Infinito numa capoeira,
    E ouviu a voz de Deus num poço tapado.
    Crer em mim? Não, nem em nada.
    Derrame-me a Natureza sobre a cabeça ardente
    O seu sol, a sua chava, o vento que me acha o cabelo,
    E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha.
    Escravos cardíacos das estrelas,
    Conquistamos todo o mundo antes de nos levantar da cama;
    Mas acordamos e ele é opaco,
    Levantamo-nos e ele é alheio,
    Saímos de casa e ele é a terra inteira,
    Mais o sistema solar e a Via Láctea e o Indefinido.

    (Come chocolates, pequena;
    Come chocolates!
    Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates.
    Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria.
    Come, pequena suja, come!
    Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes!
    Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata, que é de folha de estanho,
    Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida.)

    Mas ao menos fica da amargura do que nunca serei
    A caligrafia rápida destes versos,
    Pórtico partido para o Impossível.
    Mas ao menos consagro a mim mesmo um desprezo sem lágrimas,
    Nobre ao menos no gesto largo com que atiro
    A roupa suja que sou, em rol, pra o decurso das coisas,
    E fico em casa sem camisa.

    (Tu que consolas, que não existes e por isso consolas,
    Ou deusa grega, concebida como estátua que fosse viva,
    Ou patrícia romana, impossivelmente nobre e nefasta,
    Ou princesa de trovadores, gentilíssima e colorida,
    Ou marquesa do século dezoito, decotada e longínqua,
    Ou cocote célebre do tempo dos nossos pais,
    Ou não sei quê moderno - não concebo bem o quê -
    Tudo isso, seja o que for, que sejas, se pode inspirar que inspire!
    Meu coração é um balde despejado.
    Como os que invocam espíritos invocam espíritos invoco
    A mim mesmo e não encontro nada.
    Chego à janela e vejo a rua com uma nitidez absoluta.
    Vejo as lojas, vejo os passeios, vejo os carros que passam,
    Vejo os entes vivos vestidos que se cruzam,
    Vejo os cães que também existem,
    E tudo isto me pesa como uma condenação ao degredo,
    E tudo isto é estrangeiro, como tudo.)

    Vivi, estudei, amei e até cri,
    E hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu.
    Olho a cada um os andrajos e as chagas e a mentira,
    E penso: talvez nunca vivesses nem estudasses nem amasses nem cresses
    (Porque é possível fazer a realidade de tudo isso sem fazer nada disso);
    Talvez tenhas existido apenas, como um lagarto a quem cortam o rabo
    E que é rabo para aquém do lagarto remexidamente

    Fiz de mim o que não soube
    E o que podia fazer de mim não o fiz.
    O dominó que vesti era errado.
    Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
    Quando quis tirar a máscara,
    Estava pegada à cara.
    Quando a tirei e me vi ao espelho,
    Já tinha envelhecido.
    Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
    Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
    Como um cão tolerado pela gerência
    Por ser inofensivo
    E vou escrever esta história para provar que sou sublime.

    Essência musical dos meus versos inúteis,
    Quem me dera encontrar-me como coisa que eu fizesse,
    E não ficasse sempre defronte da Tabacaria de defronte,
    Calcando aos pés a consciência de estar existindo,
    Como um tapete em que um bêbado tropeça
    Ou um capacho que os ciganos roubaram e não valia nada.

    Mas o Dono da Tabacaria chegou à porta e ficou à porta.
    Olho-o com o deconforto da cabeça mal voltada
    E com o desconforto da alma mal-entendendo.
    Ele morrerá e eu morrerei.
    Ele deixará a tabuleta, eu deixarei os versos.
    A certa altura morrerá a tabuleta também, os versos também.
    Depois de certa altura morrerá a rua onde esteve a tabuleta,
    E a língua em que foram escritos os versos.
    Morrerá depois o planeta girante em que tudo isto se deu.
    Em outros satélites de outros sistemas qualquer coisa como gente
    Continuará fazendo coisas como versos e vivendo por baixo de coisas como tabuletas,

    Sempre uma coisa defronte da outra,
    Sempre uma coisa tão inútil como a outra,
    Sempre o impossível tão estúpido como o real,
    Sempre o mistério do fundo tão certo como o sono de mistério da superfície,
    Sempre isto ou sempre outra coisa ou nem uma coisa nem outra.

    Mas um homem entrou na Tabacaria (para comprar tabaco?)
    E a realidade plausível cai de repente em cima de mim.
    Semiergo-me enérgico, convencido, humano,
    E vou tencionar escrever estes versos em que digo o contrário.

    Acendo um cigarro ao pensar em escrevê-los
    E saboreio no cigarro a libertação de todos os pensamentos.
    Sigo o fumo como uma rota própria,
    E gozo, num momento sensitivo e competente,
    A libertação de todas as especulações
    E a consciência de que a metafísica é uma consequência de estar mal disposto.

    Depois deito-me para trás na cadeira
    E continuo fumando.
    Enquanto o Destino mo conceder, continuarei fumando.

    (Se eu casasse com a filha da minha lavadeira
    Talvez fosse feliz.)
    Visto isto, levanto-me da cadeira. Vou à janela.
    O homem saiu da Tabacaria (metendo troco na algibeira das calças?).
    Ah, conheço-o; é o Esteves sem metafísica.
    (O Dono da Tabacaria chegou à porta.)
    Como por um instinto divino o Esteves voltou-se e viu-me.
    Acenou-me adeus, gritei-lhe Adeus ó Esteves!, e o universo
    Reconstruiu-se-me sem ideal nem esperança, e o Dono da Tabacaria sorriu.

    Álvaro de Campos, 15-1-1928

- é assim.

Odeio monogamia, mas de vez em quando, prendo-me a alguém. Sou a pessoa mais feliz que conheço, posso fazer com que todos ao meu redor fiquem a sorrir o dia inteiro, mas minha depressão e melancolia me engole de tal forma que tudo o que vejo são cinzas.

Gosto de ajudar as pessoas que amo. Saber que estão bem me faz ficar bem.

Desejo que meus inimigos sejam felizes, assim deixam de ser inimigos, ao mesmo tempo quero que eles queimem qual brasa. Perdôo com uma facilidade incrível e guardo rancor eternamente.

Defendo minhas idéias com minha vida. Sempre sei o que pensar, sempre tenho uma opinião, mas nunca sei ao certo o que penso, como ter uma opinião em um mundo que está em constante mudança?

Gosto de ter prazer. Comer, cantar, tocar guitarra, beber, beijar e sexo são meus prazeres preferidos. Diversão é algo que me deixa desligado de tudo por um tempo e isso me faz bem.

Não tenho a mínima noção de como vai ser amanhã, se disser que não me preocupo estaria mentindo, o que acontece é que vivo somente o hoje. O amanhã não me importa muito e não tenho tempo para esperá-lo. Talvez por isso sou ansioso, por querer tudo para agora, pois sei que o amanhã é incerto.

Vivo de acordo com o que sinto. Não reprimo nenhuma de minhas vontades. Cada momento é único e não volta nunca. Sempre temos somente uma chance.

Gosto de ser amado, mas amar é sempre difícil. Amar é se entregar e não confio em ninguém até agora, mas isso eu digo hoje, amanhã possa me apaixonar 'eternamente' por alguém.

Viajar me deixa bem. Toda viagem é diferente, sinto como se mudasse um pouco, sempre pra melhor. Viajar é o que mais gosto de fazer.

Me apaixono fácil e é tão difícil de gostar de alguém de verdade.

Prometo mil coisas, que na hora são acessíveis, mas depois de algum tempo ficam impossíveis de serem cumpridas.

Gosto de músicas com gritos e berros satânicos e de músicas melódicas, quase que choronas.


Em resumo sou assim, mudo a cada instante, a cada sopro diferente. Mas sou sempre mesmo, pois minha 'essência' está em 'mudar sempre'. Sou assim.

- entre a euforia e a depressão

Com todos esses anos convivendo comigo mesmo, aprendi que toda fase muito feliz eh seguida de uma fase de profunda depressao.

Porem nao se enganem, Sagitario oscila entre a euforia e a depressao. Entre o otimismo destemido ou uma inconsolavel descrenca.

Talvez seja por metas nao alcancadas, por decepcoes, por exigir demais, por nao poder controlar tudo... So o que importa eh que nao estou bem hoje. Aquela sensacao irritante de vazio e de que nada faz sentido. De que nao adianta lutar por nada, porque nascemos para morrer.

So o que posso fazer eh esperar essa ma fase passar. Esperar tudo voltar ao `normal, se eh que isso aqui foi normal um dia.

Nao preciso de conselhos, preciso de companhia, companhia verdadeira e sem interesses no que tenho, so preciso de pessoas que se interessem por mim.

Dias cinzas sao sempre os piores.

Boa Noite.

- boooooooom diaaaaaaaa! *-*

São 6:40 da manhã.
Ainda não dormi, estava com saudades da minha companheira das madrugadas de antigamente, minha insônia.
Já havia esquecido como sinto-me bem 'não dormindo' de vez em quando. Ver meus filmes, ouvir minhas músicas, escrever meus textos, fumar meus cigarros... *-* Tudo isso me fazia falta e eu não havia percebido.

Ontem eu vi a Amarela! hsuahsuaush
Deve ser a milésima vez que falo isso, gosto de lembrar. Estava bonita como sempre, linda. *-* Amores de infância são os mais legais! E ficam engraçados com o tempo. =)

Também 'lembrei' que gosto de Titãs! OMG! Muito tempo que não ouvia essa banda.
'Ás vezes qualquer um, faz qualquer coisa por sexo, drogas e diversão'

To afim de uns beijos hoje, alguém tah afim? *-* suahsuauhsauhs

Vou tomar meu café agora,
Porque uma madrugada sem café não vale de nada. u_u



Beijooos,
Bom Dia!
=)

-

Onde será que perdi minhas chaves?

Traição:

Como uma forma de decepção ou repúdio da prévia suposição, é o rompimento ou violação da presunção do contrato social (verdade ou da confiança) que produz conflitos morais e psicológicos entre os relacionamentos individuais, entre organizações ou entre indivíduos e organizações.

-

Podia dizer que agora preciso 'viajar' , que essas viagens sempre mudam minha forma de pensar e toda aquela putaria de sempre. Mas não to afim. Se é pra vir pra cima, que venham todos de uma vez, eu aguento.

Quem é o próximo?

2010 já é um ano de perdas. (y)

estrela apagando, espelho quebrando, olhos que se fecham...
espero que acabe por aí.


Não preciso agradar ninguém. Isso é o que sinto; 'Vocês são podres'.
'Jesus também andou com os porcos' Mas o mano Jesus NUNCA 'misturou-se' com eles, esse seu mesmo Jesus disse: 'Diga-me com quem andas que eu direi quem és'.

Quero tudo o que me pertece de volta. Somente isso. E aquilo que estiver 'estragado' que fique bem no lugar que está, não preciso de nada que me faça mal.


beijos,
bom dia.

- smoking on the street

Nada vem ou vai por acaso. A vida tem um sentido misterioso e perfeito. E hoje uma parte de mim achou melhor que era a hora de 'ir'. Sim, senti como se o mundo 'me engolisse e me cuspisse, porque sabe que eu não faço bem' como sentia antes. Fiquei com raiva, com ódio, chorei, sangrei, fiquei triste, aceitei, fiquei calmo e finalmente compreendi.

E aqueles olhos já não brilhavam mais quando olhavam pra mim. Havia algo diferente, sei que havia. Um dia vou saber o que era, mesmo que demore mais que uma vida. Causou um impacto gigantesco e instântaneo em mim. Não esperava por isso, estava acostumado a viver 'sem pingar sangue', tinha esquecido que sou o mesmo e que em minha vida marco meus passos com a tinta vermelha que corre por todo o meu corpo físico.

Agora talvez seja a hora de 'olhar do alto', pelo menos por um tempo. Ficar perto demais seria prejudicial, já que comigo não poderia 'conhecer totalmente a si mesmo'. Dessa vez vai ser muito mais difícil e de tempos em tempos vou ter que 'chegar perto', porque não sei mais como viver sem a presença daquilo que hoje perdi.

O pior sentimento até o momento. Sentir que se está rachando por dentro, que o mundo vai sumindo de uma só vez. Não 'poder fazer nada', ser impotente perante a situação. Quando digo que enfrentaria o mundo, falo sério. Porque luto por aquilo que acredito, faço aquilo que pede meu coração, sempre.

Agora 'espero' por decisões. Preciso saber com o que posso sonhar, ou então não vou poder dormir.


'Quem é você que me esqueceu
Cadê você que eu não esqueço?
Quem é você que me prendeu
E depois me deixou pra trás?'




'O tempo...
O tempo leva e o tempo trás.
O tempo sabe o que faz.
Nada é mais certo que o tempo.
Ele muda tudo e todos.

Engana-se quem o chama de amigo,
Substima-o quem o tem como inimigo.
Mas todos sabem que ele é imprevisível,
nunca se pode prever o que ele poder fazer no momento seguinte.

O tempo pode deixar marcas e levar histórias,
Pode fazer uma amizade crescer e um amor desaparecer.
Não é culpa dele, ele é assim.
Foi educado para isso,
Cabe a nós o usarmos o jeito correto.

Deixar o tempo passar é deixar a vida passar.
E essa sempre foi mais apressada que o tempo.'



Sonhei com isso. Vi você descer as escadas, vi com quem estava. Só não quis 'acreditar'.


Beijos.
até logo

- chuva lá fora.

Havia algo diferente. Não sei ao certo o que, mas tinha algo em seus olhos, algo em sua energia que não permitiu que eu penetrasse em seus pensamentos. Criou-se uma barreira invisível, talvez porque ela não quis deixar transparecer seus sentimentos, por medo e que 'energias negativas' atraíssem mais energias negativas.

Mas não era isso que eu fui buscar. Queria entender essa explosão, queria responder perguntas, escutar algumas respostas. Saí de lá sem saber o que viria adiante. Meu futuro voltava a ser "alternativo", mas agora era diferente. Já não me empolgo mais com uma 'vida por dia'. Queria a tranquilidade de uma vida em família, uma vida com uma história fixa.

Assistia ás aulas como quem já conhecia o assunto, não tinha dúvida alguma e só prestava atenção ás informações essênciais. Estava gostando muito do novo curso que escolhi. Essa era a mais clara chance de achar meu 'caminho profissional'.

Voltei para casa mais cedo. Não iria aguentar ficar lá por muito tempo. Precisava sair, descansar um pouco a mente. No caminho de volta para casa recuperei minhas esperanças, minha fé. O caminho até aqui foi muito árduo e com um bom resultado, não seria justo jogar tudo isso fora. Não seria justo comigo. Então comecei a aceitar realmente os fatos. Tentando entender o sentido desse aprendizado.

Confio no processo de evolução. Mesmo temendo que esse amor fique para a 'eternidade', sem oportunidades de vivê-lo nesta vida. Mas só vai ser o que tiver que ser. Assim são as coisas.

Preciso de outra viagem. E não é para fugir, os motivos são simples e objetivos; viagens me fazem pensar melhor, colocar minah idéias em ordem, me ajudam a entender minha vida, a entender o mundo.


Bom Dia,
beijos.
até breve.

- sentimentos estranhos.

Estou me sentindo estranho, tenso, preocupado. Como se eu estivesse esperando por algo ruim, mas minha vida está em paz. Estou conseguindo alcançar meus objetivos, amo e sou amado...

Todos aqueles que amo estão relativamente bem, nenhum grande mal os atingiu. Meu sono está normal, consigo dormir com facilidade.

Apenas alguns pesadelos ocorrem, queria poder escrever que eles vem eventualmente, mas se uso este espaço para colocar para fora o que está fazendo mal dentro de mim, tenho que admitir que há tempos venho tendo sonhos ruins.

Ainda sim, eles não são a causa deste sentimento 'estranho'. Não encontro motivos para o que sinto e isso me deixa confuso.

Talvez essa seja a melhor época da minha vida. Sim, esta é a melhor época. vejo meu crescimento pessoal, sinto que estou cada vez mais afastado dos vícios de outrora, vejo meu irmão tornar-se um homem justo, bem intencionado, interessado em sua própria evolução.

Tenho meus olhos negros perto de mim, com quem posso sonhar com um futuro cheio de alegria e amor. Sinto que também estou me tornando um homem de fato. Já não penso mais como aquele adolescente rebelde com o cabelo engraçado.

Talvez o que sinto nem seja 'meu'. Mas mesmo assim, a responsabilidade é minha, pois ainda não controlo certas coisas...


Boa noite...
até logo.

- estou sempre bem.

Bom Dia! =)
Dia lindo lá fora. Céu azul e límpido, uma brisa fresca convidando para andar sem rumo por aí *-*.

Ontem foi um dia tão bom que estou sorrindo até agora! sauhsuasuahshha
Precisava 'ouvir' tudo aquilo, precisava saber de tudo aquilo. Agora tudo realmente faz sentido. Agora tenho mais forças para continuar caminhando para o caminho que escolhi. Tudo tem um porquê.

Só tenho o que agradecer por esses últimos meses. Nada acontece 'errado'. E saber reconhecer isso é um presente que não tem preço. Perceber que cada sorriso e choro só existem para nos ajudar é o que faz da vida uma evolução perfeita. *-*

E para os pessimistas que vêem algo em minha vida que acham 'triste ou errado' eu respondo: 'A cada um segundo tuas obras'. Tudo o que acontece comigo é minha responsabilidade, ninguém é injustiçado. A Lei nunca falha.


Que hoje seja um Bom Dia para todos.
Força e Paz.

até logo.

- só é, o que é.

'Antes não pensava em você, agora tudo é uma lembrança sua, nunca me preocupei com você, hoje já não faço outra coisa...'

Bom Dia! =)
Gosto de observar as pessoas. O jeito delas. Como andam, como falam, a forma com que se movimentam. Cada gesto representa algo. O nome disso é 'linguagem corporal'. Mas como saber como uma pessoa é de verdade se nunca a viu andar, ler ou correr? Sim, muito difícil. Por vezes esperamos muito mais do que podem nos oferecer. E isso é um erro nosso. Um erro meu. Esperei demais de quem não conhecia, ou que não conheço mais. Ainda amo. Sempre vou amar. Mas poucas atitudes e palavras mudam toda uma história. Eu estou sempre no mesmo lugar. Se for verdade, vai voltar um dia.


Os Planos mudam. E tudo ao redor parece diferente. Isso é realmente uma boa notícia. (E justo agora você foi embora.)


Bom Dia Héric,
Espero que esteja bem. Eu sei que você lê isso aqui sempre. Tudo está acontecendo como era previsto. Até aqui nada novo. Mas tudo está melhor. Até o ar parece mais limpo! Vai dar tudo certo, você vai ver. Sempre está certo ;)


Burny,
preciso te ver.
amo você. já.
beijos.

'Não me lembro como eu era antes de você...'

- que horas são?

Só queria um abraço, olhar aqueles olhos castanhos que brilham quando olham para os meus.
Passar um dia inteiro sem fazer nada e com a sensação deque tudo foi feito em perfeita harmonia, que tudo é belo e feliz.

Não sabia o que isso significava antes. A Babilônia não permitia tais sensações. E agora todos os dias são de chuva e só temos um guarda-chuva.



Não entendo Estrelas. Elas não se explicam, não respondem, não dizem o porque. E sempre amei as Estrelas. Só quero saber o motivo. Se realmente existir um.


Boa Noite,
espero que amanhã seja um dia de chuva.

- delilah

Bom Dia, Bom dia! =)

Faz sol lá fora, aqui do alto o Sol fica mais forte, entra justamente pela janela do meu quarto, ele quer que eu acorde e viva mais. É um bom amigo.

Ontem, aniversário da cidade que amo. Mas os presentes vieram para mim. *-*

Logo pelo manhã eu já estava acordado e agitado (coisa rara de se ver, acreditem. u_u). Depois de estar pronto pra sair, esperava pela ligação de meu irmão, nós fomos ver o filho dele, meu amado afilhado.

E como ele está lindo! Grande, esperto, feliz. Ele consegue me emocionar apenas com um sorriso, e ainda mais quando corre para me abraçar. Ele sabe que nós o amamos. Veio para ajudar os dois, o padrinho e o pai. Trabalho fácil para uma criança. Só de ver seus olhinhos brilhantes já esqueço qualquer coisa de ruim que tenha acontecido, ele tem o poder de limpar minha alma, mas enche meus olhos de lágrimas, de uma emoção boa e que me faz tão bem. Amo Você Victor Henrique, meu filho.

E também como é bom passar um bom tempo com meu irmão. Em tempos que não são tão fáceis assim, mas que estamos conseguindo vencer. É tudo o que eu preciso. Enquanto ele estiver ao meu lado, nada vai poder me atingir, porque ele é minha proteção, meu lar. Meu sangue em espírito. E quando estamos juntos 'nada pode nos parar, fomos mais fortes.' Se o Victor é o brilho de meus olhos, meu irmão é o amor de um abraço.

E como não podia deixar de ser assim, a chuva veio forte. Estávamos seguros (meu irmão e eu), mas eu estava ancioso pelo o que poderia acontecer dali a alguns minutos. Até aquela hora eu só sentia que era 'diferente'. E o sigo que sinto. Sempre.

Eram umas 15:00. O trem parou na estação, eu sabia que era aquele. Poucas pessoas desceram, e ela vinha em minha direção. O melhor abraço, o melhor sentimento até aqui. E a partir daí tudo é belo. Amo Você Delilah.

Foi um bom dia ontem,
e hoje vai bom também.
Porque Deus olha por mim.

Força e Paz para todos.
beijos,
até logo.

- dia 'quase cinza'

Bom Dia! =)

Ontem eu realmente precisava falar com uma 'certa pessoa', omg, se eu não falasse não iria conseguir dormir. hsuahuhsuhas Maaas, eu consegui *-*

A Estrela anda muito estranha comigo =/, o que me deixa triste e angustiado. Mas também é minha culpa, sou exagerado, sei disso.

Só queria que tudo se resolvesse de uma vez, que tudo ficasse no lugar, como nunca ficou. Mas sim, estou bem melhor do que antes, a cada dia me sinto melhor. A cada segundo respiro mais vida.

"O tempo nunca erra, ele sabe quando e onde"

Então, é só ter paciência e esperar,
tudo dá certo no final =)

Beijoos,
e se precisarem de mim é só gritar ^^'
ou me ligar ._.

- sobre algo que nunca falei.

Amor.
Sim, é o Nelson aqui... Não tem ninguém escrevendo pra mim.

Amor é uma coisa esquisita, estranha, difícil de se achar, é raro. E eu nunca fui muito chegado a essa tal 'coisa'. Pra mim tudo se resumia em ação e reação, um sistema baseado na razão, onde tudo era balanceado corretamente.

Mas agora me vejo em um 'mundo novo'. E isso me assusta. Quem diria, algo que me assusta de verdade. Onde a 'razão' não é tão importante assim. As regras são outras o sistema é diferente. Sinto-me como se acordasse para esse tal mundo agora. E ele é 'impaciente'. Acreditem u_u

Existe uma necessidade estranha e descontrolada de estar com a tal 'pessoa', o digo cujo que você ama. E isso me deixa confuso. Nunca fui assim. Sempre gostei de 'andar por aí', sem me preocupar com nada, sem me prender a ninguém. Talvez naquela época sim eu estava preso.

Esse novo mundo é melhor. É pleno, sereno e compreensível. Bem melhor do que o inferno babilonico em que eu vivia. =)


Desculpem pelo post meloso, não, não estou bebado, nem coisas do gênero.
Só estou mudando...


Cuidem-se.
Força e Paz para todos.

nelson junior.-

- title and registration

'Minha Cidade.
Ela está sempre a me esperar.
Toda noite solitária, ela está a me esperar.
Ela não é uma farsa, enfeitada e arrumada, feita uma mocinha atraente.
Não... Ela é uma cidade velha, velha e orgulhosa de cada cicatriz e ruga.
Ela é minha namorada, meu brinquedinho.
Ela não esconde o que é, do que é feita; suor, músculo e sangue de gerações.
Ela dorme, depois da meia-noite até o amanhecer, só sombras se movimentam no silêncio.
Minha cidade grita, ela precisa de mim. Ela é minha amante, ela é minha vida.'



'O que você é? Foi o que a mulher me perguntou.
É uma boa pergunta. Eu queria ter uma resposta
Eu sou um maluco? Ou sou só um homem?
Algumas noites como esta, quando o vento sopra frio congelando até os ossos...
E até minha Cidade parece me deixar pra trás, eu penso:
- Eu sou um tipo de fantasma? Um tipo de navio fantasma?
Se o vento soprasse bem forte eu seria levado pra longe?'


'Ela cuida de mim, ela me protege.
A minha cidade é como minha mãe, e ela é uma boa mãe.
Sempre me mostrando o caminho.'

Bom Dia! =)